Aqui há uns belos anos era da opinião de que todos os prédios padeciam do síndrome d'"A Bruxa". Caracterizado pela existência de uma senhora idosa que, reside algures no edifício, se veste completamente de preto (Arrotem góticos, pensavam que eram originais? Estas tipas é que são old school) e é básicamente a pessoa mais desmancha-prazeres, refilona e chata que existe.
Havia uma no prédio de todos os meus amigos quando era puto, o que justificou o seu estatuto de constante. Confesso que no presente desconheço os inquilinos do pessoal mais chegado mas na altura o mundo era mais pequeno e conhecia-se toda a gente.
Desde que tive noção do ambiente que me rodeava que a senhora lá estava, no rés-do-chão, e quando ela se mudou, foi prontamente substituída por uma nova velha (que trocadilho fantástico). Esta conseguia ser ainda mais irritante em tudo o que fazia, de tal forma que quando certo dia evitou que fosse atropelado por um automóvel eu tivesse ficado zangado por ela se ter intrometido. De facto, no final do incidente preferia ter comido com o carro nas trombas, o que se calhar não teria sido a melhor das escolhas (Enfim, putos de 8 anos).
Eis senão quando o raio da velha também se mete a andar dali pra fora, deitando abaixo a teoria fruto de vários anos de pesquisa, e aparece um casal normalíssimo e que não chateava ninguém. E a paz reinou por longos anos.
Até que, finalmente, também eles foram para pastagens mais verdes, dando lugar aos actuais residentes. Faz pensar no que raio terá a casa de mal para se pirarem todos, serão os vizinhos de cima?
Após o colapso da anterior teoria, surgiu uma nova muito mais abrangente que pode ser utilizada numa panóplia de situações além velhas.
A teoria que domina agora é a "Pode sempre ser pior", porque por mais más que as coisas estejam podem sempre ficar piores.
Por exemplo, actualmente não vive nenhuma velha lá em baixo, no entanto são ainda piores do que uma velha alguma vez poderia ser. Basta dizer duas palavras, música alta. Apesar das velhas serem chatas e poderem interceptarem-nos em qualquer sítio, supermercado, entrada do prédio ou na rua em geral, havia um local onde sabiamos que estávamos completamente a salvo, dentro de casa. Ora isto não é verdade quando o problema é música alta, claro que se pode sair e tal mas eventualmente tem de se voltar.
Mas pode ser pior? Claro. Pode-se aumentar o volume, a frequência com que se põe a música a altos berros ou ainda a duração de cada sessão e ainda bem que não estamos nos EUA ou nalgum país com elevada proliferação de armas de fogo ou se calhar já tinha aparecido nos noticiários.
domingo, dezembro 28, 2008
quinta-feira, dezembro 25, 2008
Fazer a barba é muito chato
A máquina de barbear que me deram hoje trazia um folheto que dizia o seguinte:
"Você barbeia o equivalente a um campo de futebol a cada 18 meses"
Ora isto parece-me um desperdício completo de energia, tanto a fazer crescer tamanho barbão como depois a mandá-lo às urtigas.
Parece-me que seria muito melhor empregue sendo utilizada para fazer crescer um terceiro braço, aumentar o tamanho do cérebro ou mesmo do pénis. (De certeza que esta última ia agradar a muita gente)
"Você barbeia o equivalente a um campo de futebol a cada 18 meses"
Ora isto parece-me um desperdício completo de energia, tanto a fazer crescer tamanho barbão como depois a mandá-lo às urtigas.
Parece-me que seria muito melhor empregue sendo utilizada para fazer crescer um terceiro braço, aumentar o tamanho do cérebro ou mesmo do pénis. (De certeza que esta última ia agradar a muita gente)
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Mas porquê!?
Pode parecer que não, mas eu adoro este blog. Sempre que volto a ele após largos períodos de inactividade acabo por conseguir fazer-me rir a mim próprio. O que só por si já dá utilidade à coisa, no mínimo significa que acho mesmo piada ao que faço (especialmente quando não me lembro do final da frase que estou a ler).
Passando então das coisas a que acho graça para as que definitivamente não percebo e para as quais julgo não existir nenhuma justificação plausível, para além da clássica "Um parafuso a menos". Mas essa não conta, pois pode ser utilizada em qualquer situação.
Posso dizer que tenho uma vasta experiência no uso de transportes públicos, em especial do autocarro 179, nas incontáveis viagens que já fiz de casa para Queluz e vice-versa. Ora, desde que comecei a usar esta carreira com regularidade, lá para o 7º ano de liceu, que tenho reparado em algo que me põe sempre a pensar "Mas que raio?" e curiosamente parece acontecer apenas no sentido Queluz -> Venda Seca. Nas alturas em que o autocarro demora mais a chegar, seja qual for o motivo (trânsito, atrasos ou se o maldito horário é mesmo assim) ainda se espera um bom bocado, talvez uns 30 minutos num caso mau.
É aqui que entra o comportamento inexplicável, há pessoas sem deficiências físicas ou lesões aparentes, que não pertecem à terceira idade, num dia de sol, que esperam 30 minutos ou mais pelo autocarro para depois sairem na paragem seguinte a menos de 100 metros de distância.
MAS PORQUÊ!?
Dá para ver o raio da paragem ali à frente!
A carreira começa a viagem em Queluz, por isso tenho a certeza que não é alguém que vem duma paragem anterior. Para quê submeter-se à espera interminável quando o nosso destino está já ali a três passos? Recuso-me a acreditar que seja apenas preguiça, porque como detentor do título de pessoa mais preguiçosa de Portugal, quiçá da Europa, nem eu me dava ao trabalho de fazer tal coisa.
O pior é que não é um caso isolado, que tenha acontecido só uma vez ou só uma pessoa se comporte assim, ao longo dos anos foram inúmeras as vezes que testemunhei algo do género.
A única coisa que me ocorre para piorar a situação, e é algo que me vem à cabeça sempre que presencio uma destas maravilhas, é estas pessoas pagarem mensalmente o rico do passe para usufruir apenas daquela viagem.
Passando então das coisas a que acho graça para as que definitivamente não percebo e para as quais julgo não existir nenhuma justificação plausível, para além da clássica "Um parafuso a menos". Mas essa não conta, pois pode ser utilizada em qualquer situação.
Posso dizer que tenho uma vasta experiência no uso de transportes públicos, em especial do autocarro 179, nas incontáveis viagens que já fiz de casa para Queluz e vice-versa. Ora, desde que comecei a usar esta carreira com regularidade, lá para o 7º ano de liceu, que tenho reparado em algo que me põe sempre a pensar "Mas que raio?" e curiosamente parece acontecer apenas no sentido Queluz -> Venda Seca. Nas alturas em que o autocarro demora mais a chegar, seja qual for o motivo (trânsito, atrasos ou se o maldito horário é mesmo assim) ainda se espera um bom bocado, talvez uns 30 minutos num caso mau.
É aqui que entra o comportamento inexplicável, há pessoas sem deficiências físicas ou lesões aparentes, que não pertecem à terceira idade, num dia de sol, que esperam 30 minutos ou mais pelo autocarro para depois sairem na paragem seguinte a menos de 100 metros de distância.
MAS PORQUÊ!?
Dá para ver o raio da paragem ali à frente!
A carreira começa a viagem em Queluz, por isso tenho a certeza que não é alguém que vem duma paragem anterior. Para quê submeter-se à espera interminável quando o nosso destino está já ali a três passos? Recuso-me a acreditar que seja apenas preguiça, porque como detentor do título de pessoa mais preguiçosa de Portugal, quiçá da Europa, nem eu me dava ao trabalho de fazer tal coisa.
O pior é que não é um caso isolado, que tenha acontecido só uma vez ou só uma pessoa se comporte assim, ao longo dos anos foram inúmeras as vezes que testemunhei algo do género.
A única coisa que me ocorre para piorar a situação, e é algo que me vem à cabeça sempre que presencio uma destas maravilhas, é estas pessoas pagarem mensalmente o rico do passe para usufruir apenas daquela viagem.
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