segunda-feira, abril 06, 2009

É preciso ser mesmo estúpido

Por vezes, por mais inteligentes que julgamos que somos, percebemos certas coisas de modo completamente diferente do que são na realidade. Duas dessas inúmeras ocasiões vieram-me à cabeça aqui há uns dias.

1º Incidente de estúpidez incrível

No já longínquo 7º ano, estava eu a fazer o TPC de matemática (na altura em que espantosamente me dava ao trabalho) quando me deparei com um texto interessante no lado direito da página.
Era uma curiosidade daquelas que são incluídas nos manuais de maneira a tentar passar a ideia de que "ah a matemática é fixe e tal". O texto dizia qualquer coisa do género "Isto é tão giro! Pega na tua máquina calculadora e insere o número 50708, coloca a máquina ao contrário e vais ver a palavra bolos! UAU". Assim que acabei de ler aquilo dei por mim muito pouco convencido.
"Que raio, como é que isso é possível?", pensei eu, "Porque é que haviam de se dar ao trabalho de adicionar essa funcionalidade estúpida às máquinas calculadoras?".
Mesmo certo do falhanço que aí se aproximava, lá fui buscar a máquina, inseri o número e coloquei a máquina ao contrário.
Infelizmente os senhores que fizeram o livro não se lembraram de meter lá uma foto com um exemplo, e foi assim que coloquei a máquina "ao contrário". Assim que o fiz dei por mim a pensar "Mas pera lá, quanto tempo é que tenho de esperar para isto funcionar?". Resposta, bem podes esperar sentado.
Ainda fiquei uns tempos à espera até pegar na máquina, olhar para o ecrã e ver lá o 50708 que tinha inserido. Após mais umas tentativas frustradas decidi mandar a curiosidade às urtigas e ir fazer coisas mais produtivas, convicto de que os tipos que escreveram aquela parte da página estavam completamente embriagados quando o fizeram.
E foi nisto em que acreditei plenamente até ter a próxima aula de matemática, altura em que pelos vistos, toda a genta tinha percebido aquilo menos eu.


2º Incidente de estúpidez incrível


Ao menos na história da máquina, o equivoco desfez-se em menos de uma semana. O que não se pode dizer desta fantástica prova de destreza mental.
Também quando era puto, não sei ao certo a idade, e apareceu por aí o primeiro filme do Batman realizado pelo Tim Burton, houve a coisa do costume. Programas na televisão a falar do filme, anúncios nas revistas, entrevistas, etc. E em todas essas ocasiões lá estava o símbolo do Batman.
Ora, desde o primeiro instante em que pus os olhos em cima do raio do símbolo, que apenas conseguia ver o amarelo.
Sempre me pareceu esquisito o Homem-Morcego trazer no peito, todo orgulhoso, um desenho de uma boca aberta com dentes grandes e de forma cómica.
Era pouco normal, mas enfim, se é maluco para andar vestido de morcego, porque não?
E foi preciso sair a sequela do raio do filme para eu chegar à conclusão de que afinal estava prali um morcego algures.
Moral da história, continuo a ver a boca aberta com dentes amarelos e só depois o morcego.

Coisas que faziam falta em Portugal


Não, não fui às corridas de cavalos/cães/toupeiras/(inserir aqui nome de animal). Trata-se dum indicador do tempo que falta para o determinado autocarro chegar à paragem onde nos encontramos, o belo do horário. E não é a hora a que o autocarro começa o percurso, é a hora específica em que chega à paragem em que estamos, ou seja, a paragem ali mais à frente tem outro a indicar mais 1 minuto.


Santo Einstein e os teus cabelos grisalhos, o que é isto que eu estou a ver? Etiquetas de preços digitais?! Até a quantidade de itens em stock tem ali... o esforço que estas coisas não me tinham poupado quando trabalhava no Continente (maldita época de saldos).