quarta-feira, março 24, 2010

Afinal não somos assim tão poucos

De acordo com uns tipos da imprensa, Portugal está cheio de malucos. O que não me surpreende, visto que das pessoas que conheço, muito poucas me parecem sãs.
Quase que somos os campeões dos parafusos a menos (malditos EUA são sempre melhores em tudo), assim temos finalmente uma desculpa para o país.
Vai daí, a culpa é dos outros 75%.

Segundo as estatísticas, uma destas freiras é doida.

sábado, março 20, 2010

Coisas que adoro

Esta foto diverte-me sempre que olho para ela, faz já alguns anos. Tem de se ver grande para se poder apreciar a magnificência da performance artística deste cão, mais expressivo que muito actores.


segunda-feira, março 08, 2010

Coisas que odeio

- Mexer em plásticos molhados (sacos, pacotes de batata frita, comandos de tv enrolados em celofane)
- O som de esferovite a ser pressionado contra alguma coisa, especialmente se for mais esferovite
- Que abram embalagens pelo lado errado

O mais estúpido? Não encontrei fotos online sobre o assunto e tive de abrir eu mesmo um pacote pelo lado errado. AAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH! Odeio-me tanto!

- Abóboras (como ingrediente culinário)

quinta-feira, março 04, 2010

Embaixada

Não sou nenhum perito na coisa, mas parece-me que há qualquer coisa na atitude e maneira como as pessoas dum certo país se comportam (Way to generalize Batman!). Qualquer coisa a que estamos habituados desde putos, que nos faz sentir em casa.
Aqui há coisa de uns meses tive oportunidade de sentir isso mesmo, quando tive de me dirigir à embaixada portuguesa para renovar o bilhete de identidade após viver durante uns bons meses num país em que, tirando a maneira como bebem, todos parecem agir de maneira extremamente civilizada e profissional. Cumprir as regras é algo que a maioria faz e damos por nós a agir da mesma forma só para não destoarmos. Mesmo se isso incluir esperar uma eternidade num semáforo duma estrada de 5cm de largura, só porque está vermelho.
De qualquer forma, lá telefonei para a embaixada para saber do que precisava para tratar da renovação do BI e passou-se mais ou menos desta forma:

- Bom dia, era para saber o que é preciso para renovar o bilhete de identidade.
- É muito urgente? É que o tipo que trata disto está de férias e eu não percebo muito do assunto.

Lá consegui convencer o relutante empregado de que ia mesmo passar por lá e que mais valia dizer-me o que o eu queria.
Uns dias depois, bilhete de comboio e 200kms mais tarde chego à embaixada ainda fora do horário, dou umas voltas por Helsinki para passar o tempo e, após uns 5 minutos passados a descodificar as mensagens na parede que explicavam como usar o sistema de portas e campainhas duplas que não pareciam ter sentido nenhum, lá sou atendido.
Ora vejamos, de forma resumida o que se passou:

- Presenteado com a mesma desculpa utilizada no telefonema.
- Informado de que o correio diplomático parte todas quintas de manhã (era sexta) de 15(!) em 15 dias. Chega a Lisboa, é processado e demora mais 15 dias a ser enviado de volta.
- Avisado várias vezes enquanto preencho os formulários de que o funcionário não sabe muito bem o que está a fazer e que, há uma boa probabilidade de estar a fazer merda e ter de repetir o processo quando receber a resposta daqui a 1 mês.
- Tinta para a impressão digital está quase seca.
- Não há toalhetes para limpar o dedo. Sou convidado a ir à área restrita da embaixada para o lavar.
- Não tem dinheiro para me dar o troco do que paguei pelos formulários por isso vai pedir moedas aos restantes funcionários.
- Presença duma teia de aranha que liga a parede lá ao fundo à planta em cima da secretária, ao lado do tipo.


Não sou propriamente uma tipa de burka, mas a ideia é a mesma

Convenhamos que também não sou dos gajos com mais sorte do mundo, senão vejamos.
Um documento que tem anos de validade, expira enquanto estou no estrangeiro, dias antes de querer viajar de volta para casa. A papelada demora, na melhor das hipóteses 1 mês a chegar e estamos no mês de Agosto, quando está tudo de férias na praia.
Ao longo de todo este processo, a única coisa que me vinha à cabeça era "Ahh! Que saudades que tinha de Portugal!".