As minhas visitas recentes a consultórios médicos ajudaram-me a confirmar uma teoria que tinha imaginado faz um tempo, à qual chamo, com orgulho:
As salas de espera dum estabelecimento médico são perigosas!
Quando estão cheias é só estar nas proximidades para se ouvir uma maravilhosa sinfonia de tosses convulsas, expectoração e espirros que deixariam Mozart a roer-se de inveja. Uma pessoa que vá para curar uma coisita simples acaba por sair de lá com 3 ou 4 doenças variadas.
Por outro lado, quando estão vazias também são alvo de temor por parte de qualquer pessoa inteligente, é nessa alturas em que os terríveis encontros com a velhinha do inferno se dão. A tal senhora idosa, que à falta de pessoa para conversar, se vira para nós e começa a debitar toda a história da sua vida, as variadas maleitas que a aflingem e as várias razões porque é, de facto, a mulher mais desgraçada do planeta. Isto apesar das nossas tentativas de mostrar desinteresse olhando fixamente para o relógio, para a janela ou respondendo a tudo com "Pois...".