segunda-feira, fevereiro 21, 2005

A propósito das eleições

Sempre admirei a qualidade dos líderes partidários usarem o sorriso certo para os cartazes da sua campanha. A foto que se usa não pode ser uma qualquer, isto tem a sua arte. Eu passo a explicar:
O líder não pode estar carrancudo de modo a que não afaste potenciais votos, mas também não pode estar a sorrir desalmadamente pois se tiver mau resultado, após as eleições vai ser visto a sorrir feito parvo, mesmo tendo levado uma coça eleitoral. Todos sabemos quanto tempo demoram os cartazes a ser removidos por isso tem que se pensar neste aspecto de possível humilhação.
Ora, um exemplo de como não tirar a foto seria o de Carlos Carvalhas que (se calhar por isso tenha sido substituído), vá-se lá saber porquê, sorria como se não houvesse amanhã. Paulo Portas também esteve muito mal nos cartazes destas eleições, lá está ele todo contente por se ter demitido, até dá dó.
Menção honrosa para o Socrates que, para além de ter ganho as eleições, usou uma fantástica pose em que não se percebe se está com aquela cara porque está contente, ou porque está a levar com o sol nos olhos.

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