T a conduzir, J no banco da frente, E deitado no de trás.
E: *murmúrio inteligível*
*J vira-se para trás*
J: O quê?
E: Cara é o país onde mais gente morre de repente.
*J vira-se para a frente*
T: O que é que ele disse?
J: Cara é o país onde mais gente morre de repente.
*A viagem decorre normalmente até ao destino*
sábado, julho 31, 2010
segunda-feira, julho 12, 2010
Desgraça
Foi estilhaçada à poucos instantes uma das poucas coisas cuja explicação ainda preferia acreditar que era magia. Ao abrir uma pasta de dentes nova, olhei lá para dentro e deu para perceber perfeitamente como é que fazem as riscas sair direitinhas. :<
domingo, julho 04, 2010
Os putos são tão inteligentes
Ah que maravilha é ser puto! Nenhuma obrigação ou responsabilidade e a capacidade de acreditar nas coisas mais estúpidas que é possível serem imaginadas.
Se calhar por ver muito episódio dos Simpsons de seguida, com o Homer a levar porrada de tudo o que é sítio, veio-me à cabeça a noção que tinha de ossos partidos quando era miúdo.
Não ter partido nada na vida (tirando a tola uma vez, mas já pós desmistificação da ideia) nem ter ninguém chegado a partir fosse o que fosse na altura (família, amigos, nada) deve ter contribuído bastante para a criação da teoria.
Para mim, era uma coisa literal. "Fulano partiu um dedo." = O dedo foi fisicamente separado do resto do corpo.
E era para isso que serviam as ligaduras e gesso, para que o membro / dígito recuperasse a ligação (e já agora uma maneira fácil de não os perder).
E esta explicação aplicava-se a tudo o resto, braços, pernas e... cabeça. A cabeça era a única coisa que fazia vacilar esta crença, acreditava que parti-la era o mesmo que ser decapitado. No entanto não fazia muito sentido, se assim era, porque é que não se andava com gesso no pescoço, mas sim com ligaduras no topo da cabeça? Se calhar era para isso que haviam aquelas coleiras brancas e grandes. Além disso «se se "partir" a cabeça, não se morre?», pensava eu.
Felizmente, quando finalmente a parti no parque de estacionamento do... *sigh* Continente, já tinha percebido que as coisas não eram bem assim, ou era capaz de ter ficado bastante preocupado.
Ainda nessa altura, o vizinho do terceiro andar, teenager dono do seu nariz era uma espécie de ídolo da malta, por se dignar a brincar com o pessoal (grandes sessões de Monopoly que se deram nas escadas do prédio, com o tabuleiro esgotado e espectadores de volta), talvez por não ter grande escolha, na rua era tudo muito mais novo do que ele. Nutria por ele uma espécie de admiração, gigante (alto já de si, quanto mais para minorcas), aspecto quase adulto, parecia saber o que fazia e do que falava.
Esta interacção deu origem à teoria de que quando se chegava aos 18 anos se abria uma porta no cérebro e uma dose extrema de sabedoria e conhecimento vinha por aí fora.
Estava claramente destinada ao falhanço.
No entanto, e apesar de já não acreditar nisso na altura, quando chegou a data dei por mim a pensar:
"Não... continuo o mesmo idiota."
Se calhar por ver muito episódio dos Simpsons de seguida, com o Homer a levar porrada de tudo o que é sítio, veio-me à cabeça a noção que tinha de ossos partidos quando era miúdo.
Não ter partido nada na vida (tirando a tola uma vez, mas já pós desmistificação da ideia) nem ter ninguém chegado a partir fosse o que fosse na altura (família, amigos, nada) deve ter contribuído bastante para a criação da teoria.
Para mim, era uma coisa literal. "Fulano partiu um dedo." = O dedo foi fisicamente separado do resto do corpo.
E era para isso que serviam as ligaduras e gesso, para que o membro / dígito recuperasse a ligação (e já agora uma maneira fácil de não os perder).
E esta explicação aplicava-se a tudo o resto, braços, pernas e... cabeça. A cabeça era a única coisa que fazia vacilar esta crença, acreditava que parti-la era o mesmo que ser decapitado. No entanto não fazia muito sentido, se assim era, porque é que não se andava com gesso no pescoço, mas sim com ligaduras no topo da cabeça? Se calhar era para isso que haviam aquelas coleiras brancas e grandes. Além disso «se se "partir" a cabeça, não se morre?», pensava eu.
Felizmente, quando finalmente a parti no parque de estacionamento do... *sigh* Continente, já tinha percebido que as coisas não eram bem assim, ou era capaz de ter ficado bastante preocupado.
Ainda nessa altura, o vizinho do terceiro andar, teenager dono do seu nariz era uma espécie de ídolo da malta, por se dignar a brincar com o pessoal (grandes sessões de Monopoly que se deram nas escadas do prédio, com o tabuleiro esgotado e espectadores de volta), talvez por não ter grande escolha, na rua era tudo muito mais novo do que ele. Nutria por ele uma espécie de admiração, gigante (alto já de si, quanto mais para minorcas), aspecto quase adulto, parecia saber o que fazia e do que falava.
Esta interacção deu origem à teoria de que quando se chegava aos 18 anos se abria uma porta no cérebro e uma dose extrema de sabedoria e conhecimento vinha por aí fora.
Estava claramente destinada ao falhanço.
No entanto, e apesar de já não acreditar nisso na altura, quando chegou a data dei por mim a pensar:
"Não... continuo o mesmo idiota."
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