Ah que maravilha é ser puto! Nenhuma obrigação ou responsabilidade e a capacidade de acreditar nas coisas mais estúpidas que é possível serem imaginadas.
Se calhar por ver muito episódio dos Simpsons de seguida, com o Homer a levar porrada de tudo o que é sítio, veio-me à cabeça a noção que tinha de ossos partidos quando era miúdo.
Não ter partido nada na vida (tirando a tola uma vez, mas já pós desmistificação da ideia) nem ter ninguém chegado a partir fosse o que fosse na altura (família, amigos, nada) deve ter contribuído bastante para a criação da teoria.
Para mim, era uma coisa literal. "Fulano partiu um dedo." = O dedo foi fisicamente separado do resto do corpo.
E era para isso que serviam as ligaduras e gesso, para que o membro / dígito recuperasse a ligação (e já agora uma maneira fácil de não os perder).
E esta explicação aplicava-se a tudo o resto, braços, pernas e... cabeça. A cabeça era a única coisa que fazia vacilar esta crença, acreditava que parti-la era o mesmo que ser decapitado. No entanto não fazia muito sentido, se assim era, porque é que não se andava com gesso no pescoço, mas sim com ligaduras no topo da cabeça? Se calhar era para isso que haviam aquelas coleiras brancas e grandes. Além disso «se se "partir" a cabeça, não se morre?», pensava eu.
Felizmente, quando finalmente a parti no parque de estacionamento do... *sigh* Continente, já tinha percebido que as coisas não eram bem assim, ou era capaz de ter ficado bastante preocupado.
Ainda nessa altura, o vizinho do terceiro andar, teenager dono do seu nariz era uma espécie de ídolo da malta, por se dignar a brincar com o pessoal (grandes sessões de Monopoly que se deram nas escadas do prédio, com o tabuleiro esgotado e espectadores de volta), talvez por não ter grande escolha, na rua era tudo muito mais novo do que ele. Nutria por ele uma espécie de admiração, gigante (alto já de si, quanto mais para minorcas), aspecto quase adulto, parecia saber o que fazia e do que falava.
Esta interacção deu origem à teoria de que quando se chegava aos 18 anos se abria uma porta no cérebro e uma dose extrema de sabedoria e conhecimento vinha por aí fora.
Estava claramente destinada ao falhanço.
No entanto, e apesar de já não acreditar nisso na altura, quando chegou a data dei por mim a pensar:
"Não... continuo o mesmo idiota."
domingo, julho 04, 2010
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7 comentários:
partir a cabeça!!! LOL eu e a Inês achavamos exactamente a mesma coisa! (será que todos os miúdos acham isso?) :D Mas depois o meu primo partiu m-e-s-m-o a cabeça, fui visitá-lo e vi que ele só tinha levado pontos. Lá me desenganei. Mas foi uma desilusão! "Ah! Afinal é só isto?" :/
Hmm, nunca perguntei a ninguém se tinham a mesma opinião, parti do princípio de que eu é que tinha ideias parvas. Porreiro.
loool. boa joka, deixas-me muito mais descansada! afinal não és só tu. nós *tb* temos ideias *parvas*! lol
mas é vero! eu achava que partir um braço era verdadeiramente *partir* o braço!
já partir a cabeça não era bem parti-la pelo pescoço né... :P mas acahva que se rachava o crânio pleo menos! e não somente um cortezinho que leva pontos caramba! :S
ja a maturidade... também tive essa esperança: que quando chegasse ao liceu seria mais adulta. e que na universidade então - ui! - era tudo adultíssimo!!! (penso que não é preciso dizer o quanto o mundo real me desiludiu... :/ )
(THANKS FOR THE AMAZING PRESENT!!! :))) (acho que não te mostrei hoje o quanto gostei daquilo :))) ) mas não era preciso joka...)
Claro que era preciso, é outra das minhas pancas, de vez em quando dou presentes em grande, ainda há bocado estava a explicar isso ao Emanuel. (a quem também aproveitei para informar que já escolhi a dele)
A panca foi vista recentemente num natal em que comprei prendas pra família toda e no aniversário do meu sobrinho, a quem comprei umas quantas coisas e depois lhas fui dando ao longo do dia.
Desta vez calhou a ser os vossos aniversários.
:))) sortudos nós então!!! :) :*
;P
"[...] Para mim, era uma coisa literal. "Fulano partiu um dedo." = O dedo foi fisicamente separado do resto do corpo.
E era para isso que serviam as ligaduras e gesso, para que o membro / dígito recuperasse a ligação (e já agora uma maneira fácil de não os perder).
E esta explicação aplicava-se a tudo o resto, braços, pernas e... cabeça. [...]"
E rabos? :/
Agora mais a sério... http://blogs.laweekly.com/informer/2011/05/porn_clinic_closed_aim_testing.php
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