Desde que o famoso cubo de Rubik apareceu por aí que tive vontade de experimentar resolver o puzzle, mas por isto ou por aquilo acabei por nunca meter as mãos num. Sempre me pareceu o tipo de coisa que é difícil, mas que se descobre a solução aos poucos e poucos, acabando por ser gratificante no final.
Até dia 1 deste mês, quando na feira do vappu (feriado maluco por estas bandas, do qual tenho umas fotos para aqui algures, mas não a paciência para as colocar online) vi uma tenda a vendê-los.
Nem foi preciso pensar em mais nada, toma lá 3 euros e dá cá o sacana do cubo. E foi mesmo ali que o entreguei ao meu irmão para baralhar as cores enquanto dizia a bela da piada "Provavelmente é a última vez que o cubo está como deve ser".
Dezanove dias depois é este o resultado:
Um cubo com todas as faces multicoloridas.
quarta-feira, maio 20, 2009
segunda-feira, abril 06, 2009
É preciso ser mesmo estúpido
Por vezes, por mais inteligentes que julgamos que somos, percebemos certas coisas de modo completamente diferente do que são na realidade. Duas dessas inúmeras ocasiões vieram-me à cabeça aqui há uns dias.
1º Incidente de estúpidez incrível
No já longínquo 7º ano, estava eu a fazer o TPC de matemática (na altura em que espantosamente me dava ao trabalho) quando me deparei com um texto interessante no lado direito da página.
Era uma curiosidade daquelas que são incluídas nos manuais de maneira a tentar passar a ideia de que "ah a matemática é fixe e tal". O texto dizia qualquer coisa do género "Isto é tão giro! Pega na tua máquina calculadora e insere o número 50708, coloca a máquina ao contrário e vais ver a palavra bolos! UAU". Assim que acabei de ler aquilo dei por mim muito pouco convencido.
"Que raio, como é que isso é possível?", pensei eu, "Porque é que haviam de se dar ao trabalho de adicionar essa funcionalidade estúpida às máquinas calculadoras?".
Mesmo certo do falhanço que aí se aproximava, lá fui buscar a máquina, inseri o número e coloquei a máquina ao contrário.
Infelizmente os senhores que fizeram o livro não se lembraram de meter lá uma foto com um exemplo, e foi assim que coloquei a máquina "ao contrário". Assim que o fiz dei por mim a pensar "Mas pera lá, quanto tempo é que tenho de esperar para isto funcionar?". Resposta, bem podes esperar sentado.
Ainda fiquei uns tempos à espera até pegar na máquina, olhar para o ecrã e ver lá o 50708 que tinha inserido. Após mais umas tentativas frustradas decidi mandar a curiosidade às urtigas e ir fazer coisas mais produtivas, convicto de que os tipos que escreveram aquela parte da página estavam completamente embriagados quando o fizeram.
E foi nisto em que acreditei plenamente até ter a próxima aula de matemática, altura em que pelos vistos, toda a genta tinha percebido aquilo menos eu.
2º Incidente de estúpidez incrível
Ao menos na história da máquina, o equivoco desfez-se em menos de uma semana. O que não se pode dizer desta fantástica prova de destreza mental.
Também quando era puto, não sei ao certo a idade, e apareceu por aí o primeiro filme do Batman realizado pelo Tim Burton, houve a coisa do costume. Programas na televisão a falar do filme, anúncios nas revistas, entrevistas, etc. E em todas essas ocasiões lá estava o símbolo do Batman.
Ora, desde o primeiro instante em que pus os olhos em cima do raio do símbolo, que apenas conseguia ver o amarelo.
Sempre me pareceu esquisito o Homem-Morcego trazer no peito, todo orgulhoso, um desenho de uma boca aberta com dentes grandes e de forma cómica.
Era pouco normal, mas enfim, se é maluco para andar vestido de morcego, porque não?
E foi preciso sair a sequela do raio do filme para eu chegar à conclusão de que afinal estava prali um morcego algures.
Moral da história, continuo a ver a boca aberta com dentes amarelos e só depois o morcego.
1º Incidente de estúpidez incrível
No já longínquo 7º ano, estava eu a fazer o TPC de matemática (na altura em que espantosamente me dava ao trabalho) quando me deparei com um texto interessante no lado direito da página.
Era uma curiosidade daquelas que são incluídas nos manuais de maneira a tentar passar a ideia de que "ah a matemática é fixe e tal". O texto dizia qualquer coisa do género "Isto é tão giro! Pega na tua máquina calculadora e insere o número 50708, coloca a máquina ao contrário e vais ver a palavra bolos! UAU". Assim que acabei de ler aquilo dei por mim muito pouco convencido.
"Que raio, como é que isso é possível?", pensei eu, "Porque é que haviam de se dar ao trabalho de adicionar essa funcionalidade estúpida às máquinas calculadoras?".
Mesmo certo do falhanço que aí se aproximava, lá fui buscar a máquina, inseri o número e coloquei a máquina ao contrário.
Infelizmente os senhores que fizeram o livro não se lembraram de meter lá uma foto com um exemplo, e foi assim que coloquei a máquina "ao contrário". Assim que o fiz dei por mim a pensar "Mas pera lá, quanto tempo é que tenho de esperar para isto funcionar?". Resposta, bem podes esperar sentado.
Ainda fiquei uns tempos à espera até pegar na máquina, olhar para o ecrã e ver lá o 50708 que tinha inserido. Após mais umas tentativas frustradas decidi mandar a curiosidade às urtigas e ir fazer coisas mais produtivas, convicto de que os tipos que escreveram aquela parte da página estavam completamente embriagados quando o fizeram.
E foi nisto em que acreditei plenamente até ter a próxima aula de matemática, altura em que pelos vistos, toda a genta tinha percebido aquilo menos eu.
2º Incidente de estúpidez incrível
Ao menos na história da máquina, o equivoco desfez-se em menos de uma semana. O que não se pode dizer desta fantástica prova de destreza mental.
Também quando era puto, não sei ao certo a idade, e apareceu por aí o primeiro filme do Batman realizado pelo Tim Burton, houve a coisa do costume. Programas na televisão a falar do filme, anúncios nas revistas, entrevistas, etc. E em todas essas ocasiões lá estava o símbolo do Batman.
Ora, desde o primeiro instante em que pus os olhos em cima do raio do símbolo, que apenas conseguia ver o amarelo.
Sempre me pareceu esquisito o Homem-Morcego trazer no peito, todo orgulhoso, um desenho de uma boca aberta com dentes grandes e de forma cómica.
Era pouco normal, mas enfim, se é maluco para andar vestido de morcego, porque não?
E foi preciso sair a sequela do raio do filme para eu chegar à conclusão de que afinal estava prali um morcego algures.
Moral da história, continuo a ver a boca aberta com dentes amarelos e só depois o morcego.
Coisas que faziam falta em Portugal
Não, não fui às corridas de cavalos/cães/toupeiras/(inserir aqui nome de animal). Trata-se dum indicador do tempo que falta para o determinado autocarro chegar à paragem onde nos encontramos, o belo do horário. E não é a hora a que o autocarro começa o percurso, é a hora específica em que chega à paragem em que estamos, ou seja, a paragem ali mais à frente tem outro a indicar mais 1 minuto.
Santo Einstein e os teus cabelos grisalhos, o que é isto que eu estou a ver? Etiquetas de preços digitais?! Até a quantidade de itens em stock tem ali... o esforço que estas coisas não me tinham poupado quando trabalhava no Continente (maldita época de saldos).
terça-feira, março 03, 2009
Mais outra coisa que dá muito trabalho
Isto de tirar fotografias dá mais trabalho do que parece. Tem que se andar feito parvo dum lado para outro, andar à espera de condições "ideais" e ângulos bonitos e nao sei que. O que a princípio não parece coisa muito estafante, mas é.
Ora, isto aqui ao lado foi uma foto que tirei para testar o raio da câmara enquanto me dirigia para o centro da cidade.
E porquê testar a câmara? Ouço uma vozinha lá atrás a perguntar.
Eu explico-vos porquê.
Porque as fotos que aqui estão foram tiradas num sábado e no dia anterior fiz o mesmo percurso e tirei mais ou menos as mesmas fotografias, mas quando ia no autocarro (a segunda foto é a paragem onde apanho o autocarro e, como se pode comprovar, fornece ampla protecção contra os elementos) resolvi apreciar as minhas belas obras de arte e fui confrontado com uma colecção de fotografias de neve desfocada.
O que me obrigou a voltar lá no dia seguinte para fazer tudo de novo e desta vez confirmando todas as fotos no local antes de avançar para a próxima foto.
Pelos vistos as máquinas digitais precisam de algum tempo entre o carregar no raio do botão e o tirar de facto a fotografia, qualquer coisa a ver com a focagem da cena e não sei que mais. Coisas que se calhar são do conhecimento geral, mas que escapam aqui ao zezinho, visto que tenho quase tanta prática com fotografia (de ambos os lados da objectiva) como a fazer malabarismo com moto-serras enquanto ando de uniciclo.
Adiante, isto aqui é o Koskikeskus, uma espécie de mini-Colombo cá do sítio e, apesar de não parecer, é maior do que parece (a foto não ajuda). E lá dentro está basicamente o que se espera dum centro comercial mas com um toque finlandês é claro, lojas de roupa, lojas da treta, Hesburger (cadeia de hamburgers finlandesa que vende tanto como a macdonalds por aqui, e sim lê-se basicamente Assburger. O que se calhar é também fonte do seu sucesso) entre outros.
Parece que gostam muito de letras para nomes de lojas, K-Market, S-Market, R Kioski, ABC! são apenas alguns dos exemplos. Como não podia deixar de ser, e para emular em tudo a capital portuguesa, ao lado do Colombo está a catedral. Pronto, é mais uma igreja que catedral, mas vai dar ao mesmo. No início da ronda de fotografias pensei: "Ainda bem que passei por aqui, que isto vai dar uma foto bem distinta" até chegar a meio do passeio e encontrar uma igreja exactamente igual.
No entanto até admito que a possibilidade de ter sido a mesma igreja vista de outro ângulo está lá bem presente, apesar de normalmente até ter um sentido de orientação decente. E como se vê, está ali uma grua, que tipo de pessoas é que trabalham nas obras com temperaturas negativas e montes de neve? Não sei, só reparei na grua quando cheguei a casa e revi as fotografias e não tive pachorra para ir lá inspeccionar.
A seguir à igreja vem uma fotografia do centro da cidade, que não parece grande coisa porque estou do lado mais afastado e com árvores no caminho (parece que o meu estilo fotográfico é o de piorar a qualidade dos locais capturados com a máquina).
Isto aqui ao lado é a biblioteca, que a mim se parece mais com uma jaula dos macacos do Zoo de Lisboa. Em frente está uma fonte com o característico ovo Kinder de vidro que os tipos colocam em coisas do género para não serem danificadas pela neve e gelo durante o inverno e são removidas quando o tempo está mais quente. Seja lá quando isso for.
De seguida, a câmara municipal ou isso, também com o seu ovo Kinder. Por acaso foi um bom dia para tirar a foto porque estava com a bandeira e tudo, o que é costume por estas bandas em todos os feriados ou dias "especiais". Nós é que somos espertos, colocamos a bandeira no início de cada Campeonato Europeu/Mundial de futebol e deixamos lá estar até se desintegrar, poupa muito trabalho.
E aqui está o edifício da Finlayson, onde trabalho, era uma fábrica de qualquer coisa que já me esqueci, foi o primeiro edifício da europa do norte a ter luz eléctrica e entretanto teve o interior remodelado e agora é local de escritórios. Saber que o prédio onde se labuta (que palavra tão interessante) é mais velho có cagar nunca inspira muita confiança, mas ao menos parece sólido.
E isto é o mesmo edifício visto de outro ângulo, está mesmo ao lado do lago qualquer coisa, que mais parece um rio. A Finlândia é básicamente água e árvores, tem tanto lago que não sei como é que tiveram paciência para lhes dar nome a todos. Eu cá por mim fazia como os astrónomos.
"Epah está a ver aquele prédio ali? Vira à esquerda e é só seguir em frente até ver o Lago #371627a, não há maneira de falhar."
E mais água. Estão ali uma série de estátuas naquela ponte, mas já lá volto daqui a bocado. Nesta altura começou a nevar um pouco, o que é engraçado e tal, até se dar conta que andar por aí a levar com flocos nos olhos não é muito agradável. E como não se está habituado à coisa, está-se ali à espera do autocarro um bocado e quando ele chega já nós temos umas 500g de neve na tola.
E lá fui eu, andar à volta do lago e a tirar fotos dum lado e doutro. Como se pode verificar, chaminés são quase tão comuns na paisagem de Tampere como árvores, o que até consegue ser útil, se conseguir-mos reconhecer a "nossa" chaminé é difícil perder-mo-nos. O que não se pode dizer de quando se anda de autocarro do centro para onde estou, neve e árvores em todo o lado e então se for de noite é quase como jogar roleta-russa para ver se acertamos na nossa paragem.
Captei um pouco da fauna local sem reparar, há por aqui uns quantos patos no lago, bastantes pombos, inúmeros gangs de corvos com o seu som característico e alguns esquilos aqui e ali.
Também andam por aí veados e renas a atrapalhar o transito mais lá para os lados rurais (o que pra mim é o país inteiro) e parece que há um urso ou dois no norte, os quais espero não encontrar.
Ali a torre que parece emprestada de seattle é um restaurante finório que faz parte das atracções do parque de diversões. Muitas formas variadas de ir ao grego numa série de montanhas-russas, paga-se bilhete para entrar e depois pode-se ir as vezes que se quiser às diversões, o que até parece boa ideia... tirando a parte do grego.
De qualquer das formas durante o inverno está fechado, por isso logo descubro se é interessante daqui a uns meses.
E agora voltando às tais estátuas na ponte, já da outra vez que cá vim de "férias" passei por elas e desde então que fiquei convencido que esta aqui era a de um homem com um macaco às costas. A partir daí sempre que passava por ela via um macaco, até ir lá tirar esta foto. Poucos segundos depois de carregar no botão reparei que afinal o que julgava ser a parte inferior do macaco era o braço esquerdo do tipo e o animal não passava duma lebre ou o raio que o parta.
E eu a pensar que estava num país que sentia orgulho suficiente num tipo com um macaco às costas para lhe fazer uma estátua... grande desilusão.
Jesus Christ Super Sem Chumbo! Que texto tão grande, mais um pouco e escrevia os Lusíadas.
Ora, isto aqui ao lado foi uma foto que tirei para testar o raio da câmara enquanto me dirigia para o centro da cidade.
E porquê testar a câmara? Ouço uma vozinha lá atrás a perguntar.
Eu explico-vos porquê.
Porque as fotos que aqui estão foram tiradas num sábado e no dia anterior fiz o mesmo percurso e tirei mais ou menos as mesmas fotografias, mas quando ia no autocarro (a segunda foto é a paragem onde apanho o autocarro e, como se pode comprovar, fornece ampla protecção contra os elementos) resolvi apreciar as minhas belas obras de arte e fui confrontado com uma colecção de fotografias de neve desfocada.
O que me obrigou a voltar lá no dia seguinte para fazer tudo de novo e desta vez confirmando todas as fotos no local antes de avançar para a próxima foto.
Pelos vistos as máquinas digitais precisam de algum tempo entre o carregar no raio do botão e o tirar de facto a fotografia, qualquer coisa a ver com a focagem da cena e não sei que mais. Coisas que se calhar são do conhecimento geral, mas que escapam aqui ao zezinho, visto que tenho quase tanta prática com fotografia (de ambos os lados da objectiva) como a fazer malabarismo com moto-serras enquanto ando de uniciclo.
Adiante, isto aqui é o Koskikeskus, uma espécie de mini-Colombo cá do sítio e, apesar de não parecer, é maior do que parece (a foto não ajuda). E lá dentro está basicamente o que se espera dum centro comercial mas com um toque finlandês é claro, lojas de roupa, lojas da treta, Hesburger (cadeia de hamburgers finlandesa que vende tanto como a macdonalds por aqui, e sim lê-se basicamente Assburger. O que se calhar é também fonte do seu sucesso) entre outros.
Parece que gostam muito de letras para nomes de lojas, K-Market, S-Market, R Kioski, ABC! são apenas alguns dos exemplos. Como não podia deixar de ser, e para emular em tudo a capital portuguesa, ao lado do Colombo está a catedral. Pronto, é mais uma igreja que catedral, mas vai dar ao mesmo. No início da ronda de fotografias pensei: "Ainda bem que passei por aqui, que isto vai dar uma foto bem distinta" até chegar a meio do passeio e encontrar uma igreja exactamente igual.
No entanto até admito que a possibilidade de ter sido a mesma igreja vista de outro ângulo está lá bem presente, apesar de normalmente até ter um sentido de orientação decente. E como se vê, está ali uma grua, que tipo de pessoas é que trabalham nas obras com temperaturas negativas e montes de neve? Não sei, só reparei na grua quando cheguei a casa e revi as fotografias e não tive pachorra para ir lá inspeccionar.
A seguir à igreja vem uma fotografia do centro da cidade, que não parece grande coisa porque estou do lado mais afastado e com árvores no caminho (parece que o meu estilo fotográfico é o de piorar a qualidade dos locais capturados com a máquina).
Isto aqui ao lado é a biblioteca, que a mim se parece mais com uma jaula dos macacos do Zoo de Lisboa. Em frente está uma fonte com o característico ovo Kinder de vidro que os tipos colocam em coisas do género para não serem danificadas pela neve e gelo durante o inverno e são removidas quando o tempo está mais quente. Seja lá quando isso for.
De seguida, a câmara municipal ou isso, também com o seu ovo Kinder. Por acaso foi um bom dia para tirar a foto porque estava com a bandeira e tudo, o que é costume por estas bandas em todos os feriados ou dias "especiais". Nós é que somos espertos, colocamos a bandeira no início de cada Campeonato Europeu/Mundial de futebol e deixamos lá estar até se desintegrar, poupa muito trabalho.
E aqui está o edifício da Finlayson, onde trabalho, era uma fábrica de qualquer coisa que já me esqueci, foi o primeiro edifício da europa do norte a ter luz eléctrica e entretanto teve o interior remodelado e agora é local de escritórios. Saber que o prédio onde se labuta (que palavra tão interessante) é mais velho có cagar nunca inspira muita confiança, mas ao menos parece sólido.
E isto é o mesmo edifício visto de outro ângulo, está mesmo ao lado do lago qualquer coisa, que mais parece um rio. A Finlândia é básicamente água e árvores, tem tanto lago que não sei como é que tiveram paciência para lhes dar nome a todos. Eu cá por mim fazia como os astrónomos.
"Epah está a ver aquele prédio ali? Vira à esquerda e é só seguir em frente até ver o Lago #371627a, não há maneira de falhar."
E mais água. Estão ali uma série de estátuas naquela ponte, mas já lá volto daqui a bocado. Nesta altura começou a nevar um pouco, o que é engraçado e tal, até se dar conta que andar por aí a levar com flocos nos olhos não é muito agradável. E como não se está habituado à coisa, está-se ali à espera do autocarro um bocado e quando ele chega já nós temos umas 500g de neve na tola.
E lá fui eu, andar à volta do lago e a tirar fotos dum lado e doutro. Como se pode verificar, chaminés são quase tão comuns na paisagem de Tampere como árvores, o que até consegue ser útil, se conseguir-mos reconhecer a "nossa" chaminé é difícil perder-mo-nos. O que não se pode dizer de quando se anda de autocarro do centro para onde estou, neve e árvores em todo o lado e então se for de noite é quase como jogar roleta-russa para ver se acertamos na nossa paragem.
Captei um pouco da fauna local sem reparar, há por aqui uns quantos patos no lago, bastantes pombos, inúmeros gangs de corvos com o seu som característico e alguns esquilos aqui e ali.
Também andam por aí veados e renas a atrapalhar o transito mais lá para os lados rurais (o que pra mim é o país inteiro) e parece que há um urso ou dois no norte, os quais espero não encontrar.
Ali a torre que parece emprestada de seattle é um restaurante finório que faz parte das atracções do parque de diversões. Muitas formas variadas de ir ao grego numa série de montanhas-russas, paga-se bilhete para entrar e depois pode-se ir as vezes que se quiser às diversões, o que até parece boa ideia... tirando a parte do grego.
De qualquer das formas durante o inverno está fechado, por isso logo descubro se é interessante daqui a uns meses.
E agora voltando às tais estátuas na ponte, já da outra vez que cá vim de "férias" passei por elas e desde então que fiquei convencido que esta aqui era a de um homem com um macaco às costas. A partir daí sempre que passava por ela via um macaco, até ir lá tirar esta foto. Poucos segundos depois de carregar no botão reparei que afinal o que julgava ser a parte inferior do macaco era o braço esquerdo do tipo e o animal não passava duma lebre ou o raio que o parta.
E eu a pensar que estava num país que sentia orgulho suficiente num tipo com um macaco às costas para lhe fazer uma estátua... grande desilusão.
Jesus Christ Super Sem Chumbo! Que texto tão grande, mais um pouco e escrevia os Lusíadas.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Como é que não me lembrei disto?
Em Portugal bastavam temperaturas inferiores a 8 graus para os lábios gretados fazerem a sua aparição. Ora, tendo em conta que a temperatura mais alta que houve desde que aqui cheguei (tanto quanto sei) foram -0.5 hoje, façamos as contas:
Temperaturas negativas + Eu = Ouch
Por outro lado, a neve até é engraçada e, apesar de estar apenas a adiar o inevitavel, após inumeros deslizes continuo imbativel!
Joca 57 - Tralhos 0
P.S. - Escrever num telefone só com as teclas numericas sucka
Temperaturas negativas + Eu = Ouch
Por outro lado, a neve até é engraçada e, apesar de estar apenas a adiar o inevitavel, após inumeros deslizes continuo imbativel!
Joca 57 - Tralhos 0
P.S. - Escrever num telefone só com as teclas numericas sucka
domingo, fevereiro 01, 2009
Ah e tal Finlândia
E como estamos em vesperas de me pirar pra Finlândia (e vai daí nem isso, faltam umas 3 horas pro voo) nada como fazer um post sobre a última vez que lá estive.
Para além de ter descoberto umas coisas interessantes (e estúpidas, principalmente estúpidas) como por exemplo:
- Pros finlandeses, portugueses a falar soam como russos bebedos.
- Não há pipocas doces nos cinemas, só salgadas. A sério, como é que isto é possível? Nós por cá podemos optar entre doces ou salgadas, mas sempre pensei que fosse a gozar, a modos que fingir que há uma hípotese de escolha. Porque ninguém no seu perfeito juízo vai comprar as salgadas.
- Os sacanas lêem a letra "J" como se fosse um "I". O que é apenas mais uma coisa a juntar à enorme lista de tretas associadas ao meu nome. Desde ser um nome praticamente exclusivo de pessoal idoso, ao trilião de vezes que se tem de ouvir a desinspirada frase "Oh Joaquim, tira a mão do pudim" durante a infância ou ainda ao facto de quando alguém não se lembra do meu nome me chamar sempre de Francisco. Agora vou pra um país onde não conseguem pronunciar o som "J", bonito.
- É proibido meter a roupa a secar à janela de casa. Pelos vistos a explicação oficial é "dá mau aspecto". O que faz certamente muito sentido.
Mas apesar de todas estas particularidades descobertas em apenas 2 semanas, de certeza que há mais e pior, o sítio também tem claramente coisas bastante mais avançadas do que por cá, senão vejamos este folheto dumas eleições locais que estavam a haver na altura que por lá passei.
O que dizer destes artistas? Desde a indumentária, à escolha de locais (sim, vamos tirar uma foto sentados em baloiços, decerto vai transmitir uma ideia de competência e rigor), aos penteados, poses que se assemelham estranhamente a movimentos de dança do Michael Jackson, ao tipo dos cabelos compridos tentar ao máximo não olhar na direcção da câmara ou este duo aparentemente estar a tentar recriar o look "Jay & Silent Bob" que tanto jeito dá aos políticos.
Segundo os nativos me informaram, o indivíduo chamado Kyuu tem um nome atípicamente finlandês. O que é curioso, porque antes de me chamarem à atenção sobre esse pormenor estava eu a pensar "O nome deste gajo escreve-se exactamente da mesma forma que o número 9 em japonês". Espero que não seja coincidência e que ele se tenha dado mesmo ao trabalho de mudar o nome para "Nove". E para o caso de se pensar que isto foi um acaso estúpido onde ficaram a parecer malucos e tal só acontece no folheto, basta fazer uma visita às páginas individuais destes políticos aqui pro Kyuu e aqui para o Oula. E somos logo presenteados com uma foto para cada um que nos confirmam estarmos de facto correctos quanto à ideia da maluquice.
Em resumo, Portugal precisa de mais políticos destes!
Quanto a mim, um tipo que gosta é de não fazer nenhum e nunca viu neve na vida, ir para um país do qual não fala a língua e onde as temperaturas da zona onde vou ficar já rondarem qualquer coisa entre os 10 e 20 graus negativos, parece ter sido uma coisa mesmo bem planeada.
Para além de ter descoberto umas coisas interessantes (e estúpidas, principalmente estúpidas) como por exemplo:
- Pros finlandeses, portugueses a falar soam como russos bebedos.
- Não há pipocas doces nos cinemas, só salgadas. A sério, como é que isto é possível? Nós por cá podemos optar entre doces ou salgadas, mas sempre pensei que fosse a gozar, a modos que fingir que há uma hípotese de escolha. Porque ninguém no seu perfeito juízo vai comprar as salgadas.
- Os sacanas lêem a letra "J" como se fosse um "I". O que é apenas mais uma coisa a juntar à enorme lista de tretas associadas ao meu nome. Desde ser um nome praticamente exclusivo de pessoal idoso, ao trilião de vezes que se tem de ouvir a desinspirada frase "Oh Joaquim, tira a mão do pudim" durante a infância ou ainda ao facto de quando alguém não se lembra do meu nome me chamar sempre de Francisco. Agora vou pra um país onde não conseguem pronunciar o som "J", bonito.
- É proibido meter a roupa a secar à janela de casa. Pelos vistos a explicação oficial é "dá mau aspecto". O que faz certamente muito sentido.
Mas apesar de todas estas particularidades descobertas em apenas 2 semanas, de certeza que há mais e pior, o sítio também tem claramente coisas bastante mais avançadas do que por cá, senão vejamos este folheto dumas eleições locais que estavam a haver na altura que por lá passei.
O que dizer destes artistas? Desde a indumentária, à escolha de locais (sim, vamos tirar uma foto sentados em baloiços, decerto vai transmitir uma ideia de competência e rigor), aos penteados, poses que se assemelham estranhamente a movimentos de dança do Michael Jackson, ao tipo dos cabelos compridos tentar ao máximo não olhar na direcção da câmara ou este duo aparentemente estar a tentar recriar o look "Jay & Silent Bob" que tanto jeito dá aos políticos.
Segundo os nativos me informaram, o indivíduo chamado Kyuu tem um nome atípicamente finlandês. O que é curioso, porque antes de me chamarem à atenção sobre esse pormenor estava eu a pensar "O nome deste gajo escreve-se exactamente da mesma forma que o número 9 em japonês". Espero que não seja coincidência e que ele se tenha dado mesmo ao trabalho de mudar o nome para "Nove". E para o caso de se pensar que isto foi um acaso estúpido onde ficaram a parecer malucos e tal só acontece no folheto, basta fazer uma visita às páginas individuais destes políticos aqui pro Kyuu e aqui para o Oula. E somos logo presenteados com uma foto para cada um que nos confirmam estarmos de facto correctos quanto à ideia da maluquice.
Em resumo, Portugal precisa de mais políticos destes!
Quanto a mim, um tipo que gosta é de não fazer nenhum e nunca viu neve na vida, ir para um país do qual não fala a língua e onde as temperaturas da zona onde vou ficar já rondarem qualquer coisa entre os 10 e 20 graus negativos, parece ter sido uma coisa mesmo bem planeada.
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Por falar em pior
Se já pensava que a qualidade da programação televisiva portuguesa era baixa quando tinha horários menos vampirescos, então agora nem se fala.
Televendas e concursos de sopa de letras...
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